sexta-feira

Modernidade

Sexta-feira, 3 de Fevereiro de 2006

Coimbra, cozinha do número 122 da Couraça dos Apóstolos, vulgo Corsários.
São seis da manhã, ecoa música estranha do rádio. A madrugada está fria. A lareira aquce o espírito. O lume vai ardendo, uma tábua solitária deixa-se arder. A música continua a ser estranha. As pessoas levantam-se. O frio esbate-se, a solidão perdura...
Os pássaros mórbidos aproximam-se, a loucura infernal dos desejos prometidos ecoa a mil vozes cacofónicas. Ah!!!... mundo perfeito que nunca foste e nunca, mas nunca, serás: não, não é uma praga! é uma constatação!!!
Ah! mundo moderno, louco, cheio de acontecimentos, voraz mundo que libertas para a prisão os teus servos. Oh! como te destesto modernidade, pós-modernidade e outras modernices quejandas... como te destesto... ou não!
As pessoas levantam-se...