segunda-feira

La rage

Ainda há gente inconformada...
Excelente hip hop... ainda estou para saber de quem é...
O google.fr também não é conclusivo...

Vejam lá isto... e ponham-se aos berros... e aos pulos...

domingo

Como será encomendar uma pizza no futuro?

Que me perdoe o Orson Wells, mas ele não tem descrições assim... mas ele também fala de 1984 e já estamos em 2006.

sexta-feira

Os novos pecados dos católicos

A comunicação social portuguesa noticiou ontem que o Cardeal James Francis Stafford, Penitenciário-Mor do Vaticano, anunciou, numa cerimónia chamada Rito pela reconciliação dos mais penitentes, realizada na passada terça-feira, na Basílica de São Pedro, os novos pecados dos católicos, a saber: ler jornais, ver televisão e navegar na Internet (sic)

Não sendo eu crente, preocupam-me as consequências que tais afirmações terão em sociedades ultra-católicas, ultra-conservadoras e ultra-reaccionárias como a portuguesa em geral, em particular nas mais ruralizadas e dependentes da igreja, como a de Ourém (onde fica o Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima).

Se um homem conhecer, apenas, uma das facetas de um problema, não terá oportunidade de conhecer o problema por inteiro. É por isto que nos julgamentos há advogados de defesa e de acusação, para que o juiz ou júri possam conhecer ambos os lados do problema. "Teme o homem de um livro só", escreveu Santo Agostinho, um dos pilares filosóficos da filosofia/teologia cristã. [apud Paulo Girão – Trondheim, Noruega no Público].

A igreja deve estar realmente preocupada com a difusão da informação: com um passado (e presente) recheado de vigarices (palavra etimologicamente derivada de vigário), só pode temer o acesso à informação.

Estes novos pecados não são admiração quando esta instituição mantém o Sagrada Congregação da Romana e Universal Inquisição, chamada, desde 1965, de Congregação para a Doutrina da Fé (entre 1908 e 1965 chamou-se Sagrada Congregação do Santo Oficio), presidida pelo Cardeal Ratzinger, até à sua eleição como Papa Bento XVI, ou quando, manteve até 1966 o famoso Index Librorum Prohibitorum.

A Igreja tem a temer a informação, quando é responsável por inúmeras guerras, cruzadas, autos-de-fé, golpes de estado, ou por ter legitimado a escravatura (o pe. António Vieira chegou a ser preso pela Inquisição, por defender que os índios do Brasil não deveriam ser sujeitos à escravatura).

Que moral tem a igreja para impedir o acesso à informação, quando tem o serviço de espionagem “mais eficaz do mundo”, quando é responsável (dizem as más-línguas) por boa parte do tráfico de armas, droga e pessoas?

Não querendo alongar-me demais, termino com uma citação da bíblia católica, (Bíblia Sagrada: Versão dos textos originais. – Difusora Bíblica (Missionários Capuchinhos). - 8ª ed., 1978, Lisboa); com Nihil Obstat de Frei Alcino Costa, Censor, formado pelo Instituto Bíblico de Roma; Imprimi Potest de Frei Victor Arantes da Silva; Provincial dos Padres Capuchinhos; e Imprimatur Lisbonae, 20-V-1976, † António, Cardeal-Patriarca; com o seguinte fac-símile de texto manuscrito: Concedemos Imprimatur à nova edição da Bíblia Sagrada, preparada pelos Rev. Padres Capuchinhos, como acima. † António, Card. Patriarca.

“ «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, formosos por fora, mas por dentro cheitos (sic) de ossos de mortos, e de toda a espécie de imundície»” Mt. 23, 27

Parece que o tal cardeal já deu o dito por não dito...

sábado

Subescrevo...

... o artigo Imagine um mundo sem copyright de Joost Smiers e Marieke van Schijndel.


Imagine um mundo sem copyright

Por Joost Smiers e Marieke van Schijndel *

AMSTERDAM, 06/04/2006 - O copyright já foi uma maneira de garantir uma renda decente aos artistas. Além de nos perguntarmos se ele realmente funcionou nesse sentido – a maioria dos artistas nunca receberam um centavo do sistema de copyright – temos de admitir que ele serve a um propósito completamente diferente no mundo contemporâneo. O copyright agora é a ferramenta usada pelas indústrias editoriais e de cinema, imagem e música para controlar seus mercados.

Essas indústrias decidem se os materiais sobre os quais elas passaram a mão devem ou não ser usados por outros. E se elas permitirem o uso, decidem as condições e o preço. As legislações européia e americana estendem esse privilégio para nada menos que 70 anos após a o falecimento do autor original. Quais as conseqüências? A privatização de uma parcela cada vez maior das nossas expressões culturais, por que é precisamente isso que o copyright faz. Nosso direito democrático à liberdade de trocas culturais e artísticas está sendo levado embora aos poucos, mas veementemente.

É também inaceitável que nós tenhamos que consumir as criações culturais exatamente da maneira que eles nos apresentam, e que nós não possamos mudar nenhum detalhe. Nós temos portanto todo o direito de pensar em uma alternativa viável ao copyright.

Ao mesmo tempo, um desenvolvimento fascinante está acontecendo diante dos nossos olhos. Milhares de pessoas trocando músicas e filmes pela Internet se recusam a aceitar que mega empresas possam possuir, por exemplo, milhões de melodias. A digitalização está corroendo os fundamentos do sistema de copyright. continuar a ler



terça-feira

God save the queen and the british democracy


O que os (nazis) ingleses andaram a fazer a seguir à II guerra mundial...
ver aqui, aqui e aqui.

via: Indymédia Portugal
fotos:
Martin Argles - The Guardian