segunda-feira

assim anda a nossa (má) educação

Depois de ler este artigo deu-me um ataque de nostalgia: que saudades do liceu de Ourém sem grades nem muros (esteve 20 anos assim!), quando se saía da aula de jornalismo, pela janela, para ir beber um copo ao saudoso Minhoto, quando se ia namorar para a Mata Municipal de Ourém sem quaisquer problemas, ou dos tempos do ciclo (murado e gradeado), também da mesma cidade, de onde se saía sem ninguém perguntar água vai para se ir andar de carros de choque à pala (com fichas roubadas, pois chegávamos às 7h30m da matina e havia sempre alguém que trazia uma chave-de-fendas), para roubar fruta, ou par ir tomar banho ao açude da ribeira de Seiça.
Estes gajos do Ministério da Educação não sabem, nunca souberam e nunca quiseram saber o que era uma escola e as únicas medidas que de lá saem são sempre para dificultar a vida aos alunos, aos professores e aos pais.
Ai, se um filho meu me chegasse a casa e me dissesse que tinha estado a jogar sodoku numa aula de substituição eu dizia-lhe: olha falta, vai roubar fruta, vai namorar, vai fazer uma sessão de masturbação colectiva com os teus colegas, vai tomar banho ao rio, vai roubar chocolates ao supermercado, vai jogar à bola... enfim tudo, menos aturar aqueles paspalhos, que eu justifico-te a(s) falta(s).


3 Comments:

Blogger ocontradito said...

Pois. Vai para os jardins perto da Casa Pia, etc.
Não deves ter filhos...

19:52  
Blogger Camarelli said...

eu sei o que queres dizer, ó neves. eu e os meus amigos tivémos essa liberdade e não abdicava dessa vivência por nada.

aplicar regras ao país todo para resolver um problema das grandes cidades não é correcto. é como obrigar todas as crianças a ir a pé para a escola sabendo que no interior isso pode significar dezenas de kilómetros. é absurdo.

eu discordo do excesso de ocupação do horário escolar e de interferência na actividade dos alunos. ainda aqui há tempos houve uma professora numa escola de vila nova de gaia que vigiava no recinto escolar os alunos que andassem aos beijos. tudo isto porque havia duas miúdas lésbicas que o faziam sem preconceitos. o director da escola lá veio dizer que não havia discriminação mas eu gostava de saber o que acontecia se fossem dois gays...

20:58  
Blogger A. H. Neves said...

pois, pois, oh contradito, já que tens tanto receio, pavor, medo, podem manter-se os portões e as grades e os teus filhos terão espaço para brincar (caso não saibas é a profissão deles); agora encurralados numa sala a aturar profs. que andam a maldizer a sua vida porque o ministério joga com as suas vidas como os putos jogam à bola...
oh matarbustos, então os gajos lá da escola de gaia não proibiram liminarmente todas as formas de afecto, quer hetero, quer homossexuais... para não haver discriminação...
como dizes, e muito bem, imagino lá se o casal gay em causa não fosse de meninas, mas de meninos...

11:51  

Enviar um comentário

<< Home