quarta-feira

Casas evacuadas em Ourém



EPA-Estela Silva descontrolo. Chamas voltaram incontroláveis a Abrantes


Um dos piores incêndios de ontem obrigou à retirada de uma dezena de pessoas das suas casas, no concelho de Ourém. Os lugares de Ramalheira e Soalheira foram os mais afectados. A medida havia já sido tomada pelas autoridades, na segunda-feira, na povoação de Salgeiros. Neste dia, dezena e meia de idosos foram deslocados duas vezes porque o primeiro refúgio foi ameaçado. Ontem à noite, o fogo mantinha-se incontrolável. Até ao momento, queimou dez hectares de floresta e uma casa. Foi também nesta área destruída que foi encontrado o corpo carbonizado de uma idosa com 88 anos. Ainda não é possível saber qual será a totalidade da área ardida, mas somando esta aos seis mil e 300 hectares do incêndio que ocorreu na primeira semana de Agosto, "25% do concelho está perdido", diz o presidente da câmara, David Catarino. Já o incêndio de Abrantes, circunscrito às 03.00 de ontem, voltou a fugir ao controlo dos bombeiros a meio da manhã, obrigando à intervenção de meios aéreos. Em declarações à Agência Lusa, o governador civil de Santarém explicou que os reacendimentos verificados geraram uma frente activa que não ameaçou habitações, mas foi combatida "Temos helicópteros a actuar para tentar que não fuja ao nosso controlo." O fogo teve início no domingo, obrigou ao corte da A23 na segunda-feira, e ameaçou várias aldeias. Em Ferreira do Zêzere, perto de Ribeira do Brás e Beco, junto à barragem de Castelo de Bode, as chamas regressaram. O vento forte e os maus acessos criaram grandes dificuldades aos bombeiros. Jacinta Romão

via Diário de Notícias